segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Entrevistando: CARLOS ALMIR FERREIRA


Carlos Almir Ferreira
Autor do livro "Íntimas Palavras"

Carlos Almir Ferreira é de Manaus-AM. Formado em Ciências Contábeis e Direito, mora em sua cidade natal, onde sempre viveu e trabalhou. Atuou na advocacia e há treze anos é Analista Processual do Ministério Público da União, exercendo suas atividades no Ministério Público Federal.
Escreveu e publicou três livros de poemas, sendo Íntimas Palavras seu quarto livro, e o primeiro a ser publicado e distribuído em todo o território nacional.

ENTREVISTA:

1. Como foi o inicio de Carlos Almir Ferreira na literatura?
Eu tive a sorte de ter pais que amam a literatura e a poesia. Meu pai é médico e minha mãe é professora.
Meu pai estudou numa época em que o ensino da literatura e dos grandes clássicos era muito forte, ele, talvez em razão disso ou mesmo por gostar, sabia muitos poemas decorados. Brincava assim comigo, declamava o poema e eu tinha que adivinhar o autor, já minha mãe como professora sempre me dava bons livros para ler.
Então, amar os poemas e a literatura como um todo é algo natural para mim.
Minha estreia publicando foi em 1997, quando publiquei um livro de maneira independente chamado "Poesias Perdidas", mais uma vez tive a sorte de o livro ter sido cuidado, diagramado e editado por pessoas muito competentes, uma empresa que não existe mais chamada "AB e C empreendimentos", sou muito grato a eles e os cito aqui por isso.
Era um livro de um garoto, mas muito bem acabado e editado. Era uma tiragem modesta de apenas 500 exemplares, que para minha surpresa se esgotaram muito rapidamente, nem eu tenho mais um único exemplar deste livro.
"Poesias Perdidas" passava uma mensagem de esperança, os primeiros poemas eram relacionados a dor e ao sofrimento que vivemos hoje: violência, descaso e desamor e ele vinha num crescente mostrando que o amor, a amizade e a poesia eram a salvação do nosso mundo.


2. Como surgiu a ideia para criação de "Íntimas Palavras"?

Íntimas Palavras surgiu de uma vontade antiga, eu queria muito fazer um livro que do começo ao fim fosse uma declaração de amor. Um livro que me encantou pela simplicidade e que me surpreendeu com o resultado, pois quis fazer algo singelo, algo doce, algo simples, inclusive sem se preocupar muito com a chamada linguagem culta. Algo simples como um eu te amo. Mas que os leitores, com a leitura do livro todo, se sentissem tocados, que cada um se sensibilizasse com aquele amor de modo particular, que lembrassem passagens da própria vida. Então, é um livro simples com uma pretensão enorme, que o simples se torne "grande". 

3. Existem projetos para um quinto livro?

Sim , o quinto é um poema que vai virar um livro infantil, não posso falar muito, mas a temática é "Pai e Filho" e comecei a escrever um romance, além de outro livro de poemas.

4. As editoras finalmente estão deixando um pouco de lado os escritores internacionais e se voltando para os nacionais. O que você tem a falar sobre isso? Você acha que os leiteiros brasileiros  estão valorizando mais a literatura nacional?
Tenho uma visão um pouco diferente do mercado, acho que o leitor se interessa sim pelo que é bom, estrangeiro ou nacional.
Eu sempre li muito nacional, assim como leio estrangeiro.
Claro, tem os livros da moda e tal e é comum que seja assim. O que mudou para melhor, no meu modo de pensar, é que tem uma nova geração (cada vez mais nova) que está escrevendo e escrevendo bem!! E as novas tecnologias ampliaram as possibilidades de publicação, o que fez com que esses escritores novos publicassem livros lindos. Quando comecei ainda era muito difícil publicar. Aí temos que louvar as editoras, como a Novo Século, que já há alguns anos aposta nesses novos talentos.
Assim como atualmente temos mais meios de divulgar os livros, os blogues como o seu por exemplo, são muito importantes para nós e para o mercado atual, pois fazem com que os leitores tomem conhecimento rápido do que está acontecendo no mercado editorial e o que merece ser destacado.
Então o mercado editorial é dinâmico como a vida e o mundo, conforme melhoram os meios de comunicação, mais estará se ampliando e aprimorando.


5. Quais as semelhanças entre você e o poeta J.G. De Araújo Jorge, já que escrevem o mesmo gênero?

Na verdade a menção a J. G. De Araújo Jorge foi uma homenagem pois ele chegou a ser o poeta mais lido e amado do Brasil por muitos anos. No entanto, por puro preconceito, não se estuda a obra dele nem para o vestibular. Era um cidadão de bem! Foi deputado federal por 3 vezes unicamente por ser poeta, era uma cara combativo, chegou a ser preso na época do Estado Novo por suas convicções ideológicas, e um cara que valorizava a família. Quase toda sua obra fala de amor e ele escrevia lindamente.
Como o tema do livro ÍNTIMAS PALAVRAS é amor , fiz questão de homenageá-lo , pois acredito que ele deveria ser reconhecido e cultuado pelas novas gerações.
A semelhança quanto a escrita está no tema do livro unicamente, que é o mesmo tema que ele constantemente se debruçava, o amor. Ele era um gigante da escrita!! Eu ainda tenho muito que crescer, mas acredito muito no que eu escrevo.

6. Qual o seu maior sonho?

Meu maior sonho é um mundo melhor para meus filhos viverem. Para os filhos de todos viverem. Sem violência ou desamor.
Muitos dirão que é impossível.
Mas como poeta não posso pensar assim. Mas não basta sonhar, cada um deve fazer a sua parte. Fazendo o bem em pequenos gestos e se revoltando contra o que fere, contra o que maltrata, contra o que faz mal.

7. Qual o seu maior arrependimento?

Não tenho arrependimentos, sempre que errei fez parte do caminho, pois sempre tentei fazer o bem.

8. O que sua família representa pra você?

Minha família é meu maior orgulho, minha riqueza e a minha paz. Morreria por cada um, os amo como a mim mesmo, na verdade os amo até mais, não os trocaria por nada. Sou muito abençoado pela família que tenho. Eles me fazem ser poeta!!

9. Existe um lugar específico ou algo que te inspira a escrever?

Tudo me inspira a escrever, qualquer hora e em qualquer lugar, pode surgir um acontecimento que seja um poema vivo acontecendo. O que faz o poema, na minha opinião, é o olhar de encantamento que não podemos perder em cada instante da vida.
Olhar de poeta é como o olhar de uma criança. Todos nascem com isso, uns com a dureza do dia a dia deixam o encantamento sumir. Os poetas, de maneira natural, cultivam esse olhar até partir.

10. Qual dica ou conselho você deixa para quem quer iniciar uma carreira como escritor?

Viva a vida intensamente! Se tiver que amar, ame verdadeiramente, se tiver que sofrer,  sofra profundamente! Não se esconda em convenções, seja verdadeiro com as pessoas e com o que acredita. Não seja um canalha! Não escreva para aparecer ou ter fama, escreva porque precisa, para não sufocar com as palavras, para viver!! Para deixar algo que valha a pena ser lido.
As palavras que te sufocam, vão te levar a algum lugar.


DEIXO ESSE ÚLTIMO ESPAÇO PARA VOCÊ NOS DIZER O QUE DESEJAR. A PALAVRA É TODA SUA!


Minhas palavras finais são de agradecimento a você Patrick e aos leitores pelo carinho imenso e retorno maravilhoso devido ao ÍNTIMAS PALAVRAS. Antes do livro chegar até vocês teve um longo caminho.
Espero que gostem e que o livro encante a cada um como me encantou escrever cada palavra.
Estarei na Bienal do Rio no dia 11/09, às 20h, no estande da Novo Século. Será um prazer enorme abraçar os que lá estiverem.
Um grande e fraterno abraço a todos!!


Carlos, muito obrigado por essa entrevista e por todo o carinho. Você é muito gentil, atencioso e dedicado! Desejo tudo bom em sua caminhada, e que venham mais palavras de amor para essa geração.
Sucesso e felicidades!







Um comentário:

  1. Eu que agradeço pela gentileza do convite e o carinho com meu trabalho!
    Abraço grande!

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